quarta-feira, 28 de julho de 2010

James Joyce

Tava aqui lendo sobre a vida de James Joyce (1882-1941), um dos gênios da prosa e um dos maiores romancistas do séx. XX, e me lembrei de um pub. Quando morava em Sampa, havia o Finnegans, pub da região de Pinheiros. Era uma referência ao livro Finnegans Wake (1939), do eminente autor irlandês. Assim como em vários pubs do mundo, o bar comemorava, todo 16 de junho, o Bloomsday, isto é, o dia em que Leonard Bloom, personagem de Ulisses (1922), perambula pelas ruas de Dublin.
Porém, o que me chamou a atenção foi outra coisa. Não sabia que os irlandeses comemoram também o "Dia de Lúcia" (26 de julho), aniversário da filha do escritor. Foi uma data criada para promover a conscientização sobre a esquizofrenia. Sim, Lúcia era esquizofrênia. Joyce, certa feita, disse sobre ela:

"Seja qual for o brilho ou o dom que possuo, ele foi transmitido para Lúcia e alimentou uma fogueira em seu cérebro".

Lúca era bailarina, aluna do irmão de Isadora Duncan, e teve um frustrado romance com Samuel Beckett, amigo de seu pai. Chegou a ser tratada pelo próprio Carl Jung que descreveu pai e filha como

"duas pessoas indo para o fundo de um rio, uma por ter caído e outra por ter mergulhado".
Achei fascinante essa observação do famoso psicanalista...

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