sexta-feira, 20 de junho de 2008

No ônibus com Danuza


Voltando de Sampa, nessa semana, peguei pra ler no caminho essa biografia da Danuza Leão. Já havia lido as biografias do Samuel Wainer, do Rubem Braga, do Antônio Maria... Sem contar os livros do Ruy Castro sobre a Bossa Nova e o Rio de Janeiro. Danuza estava em todos! Natural, então, que eu a lesse.
Ela esteve presente em momentos fantásticos da cultura e da política do Brasil e do mundo. Além disso, a prosa dela é bem fluente e envolve. Muito agradável. E seus comentários, como o que segue, são bem saborosos:

Foram quase quatro anos de paixão intensa [sobre a relação com Antônio Maria]. Se fui feliz?
E o que tem isso a ver com a paixão? A paixão faz sofrer, é sombria, trágica, exclui totalmente a felicidade, não é feita para durar e não costuma acabar bem, o que eu não sabia na época; meu pai, sim, sabia, e sabia também que não adiantava me dizer o que previa: que não ia durar. Nessas horas, não adianta ninguém dizer nada, pois os apaixonados são cegos e surdos, e assim sempre serão.


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